PONTO DE DEBATE – Artigo: As Armadilhas do Livre Comércio
As armadilhas do livre comércio Protesto contra o Tisa em Montevidéu, de Abril de 2015 Como funcionou a ofensiva do capital na América do Sul *Antonio Elías A partir da crise do início dos anos 70 e da queda acentuada na taxa de lucro , uma ofensiva do capital ocorre para impor um novo modelo de acumulação. Na mesma podem ser identificadas várias fases e diferentes formas de dominação política. As características de cada etapa, por sua vez, são contraditórios processos sociais, envolvem complexidades, avanços e recuos próprios do desenvolvimento das tendências do capital e da correlação de forças em cada país. (mais…)
Por que o Uruguai se integrou ao Acordo de Comércio de Serviços secretamente?
Por Antonio Elias* “Uma vez que os espaços da periferia foram incorporados às relações capitalistas de produção, o imperialismo seguiu avançando para além dos limites impostos pela geografia, mediante a mercantilização de setores da vida econômica e social outrora preservados à margem da dinâmica predatória dos mercados, como os serviços públicos, os fundos de pensão, a saúde, a educação, a segurança, as prisões e outros do tipo”. Atilio Boron (1) O Uruguai entrou no Acordo sobre o Comércio de Serviços (Trade in Services Agreement – TISA) sem a existência de uma discussão nacional a respeito da conveniência ou inconveniência deste acordo de livre comércio de serviços. Uma medida que demonstra as grandes debilidades do governo de Jose Mujica no que se refere a sua política de inserção internacional e à transparência de suas ações – tendo em conta o modelo econômico aplicado ao país e assinalado anteriormente sobre o TISA (2). Em fevereiro de 2015, na página do Ministério das Relações Exteriores do Canadá, publicou-se a seguinte notícia: “Nos alegra anunciar que os países membros do TISA deram as boas vindas ao Uruguai nas negociações. Na atualidade, há 24 países que participam das negociações do TISA: Austrália, Canadá, Chile, Taipei, Colômbia;…