“A lei que escraviza as mulheres e as priva da educação também oprime a vocês, homens proletários”

(Flora Tristán, 1844)

Neste 8 de março comemoramos as históricas lutas e vitórias das mulheres trabalhadoras do mundo. Se um movimento internacional robusto emergiu na última década, é claro que a rebelião e a resistência das mulheres acompanharam historicamente as lutas da classe trabalhadora.

Múltiplas lições e entendimentos emergem da resistência dos movimentos feministas nestes anos. Algumas ligadas ao reconhecimento da violência e das desigualdades baseadas no gênero. Outras se referiram às contribuições do trabalho reprodutivo no processo de acumulação de capital. Da mesma forma, a articulação necessária entre gênero, etnia e classe para a emancipação frente às diferentes opressões que caracterizam o sistema de dominação capitalista. E, entre outros, recuperar o comum, não só na discussão dos debates teóricos, mas também nas práticas concretas que atualizam o horizonte revolucionário. Daí o valor social e político dessas lutas pela democratização da vida.

Nesta data homenageamos e lembramos as mulheres que lutaram pelo direito ao voto, por um salário justo, pela autodeterminação dos povos, pela possibilidade de decidir sobre seus corpos; e que expressaram seu repúdio à guerra, ao autoritarismo do Estado e das Igrejas e a todas as formas de opressão e subordinação que a sociedade capitalista e patriarcal exerce sobre nós. E lembramos que o reconhecimento da luta das mulheres é uma proposta da Internacional Socialista no contexto da Revolução dos Soviets de fevereiro de 1917.

Combatemos e repudiamos todas as formas de opressão à mulher. Assim, exigimos a eliminação da ideologia e utilização do termo alienação parental, bem como a revogação da lei que lhe dá amparo legal. O Brasil é o único país da região e do mundo com leis baseadas nesse pseudo-conceito.

Da SEPLA comemoramos este dia, e nos unimos às milhares de mobilizações feministas que caminham por Nuestra América em busca de acabar com o patriarcado e construir um mundo que garanta uma vida digna e igualitária para todas e todos. Lembrando Rosa Luxemburgo, por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.

Nuestra América, março de 2023.

SEPLA

Junta Diretiva

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